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By inthesculpture

the man and the sea | o homem e o mar

Man and the Sea, by Charles Baudelaire

Free man, you'll always love the sea ? for this,
That it's a mirror, where you see your soul
In its eternal waves that chafe and roll;
Nor is your soul less bitter an abyss.

in your reflected image there to merge,
You love to dive, its eyes and limbs to match.
Sometimes your heart forgets its own, to catch
The rhythm of that wild and tameless dirge.

The two of you are shadowy, deep, and wide.
Man! None has ever plummeted your floor ?
Sea! None has ever known what wealth you store ?
Both are so jealous of the things you hide!

Yet age on age is ended, or begins,
While you without remorse or pity fight.
So much in death and carnage you delight,
Eternal wrestlers! Unrelenting twins!

from the book: Flowers of evil
? translation: Roy Campbell, Poems of Baudelaire (New York: Pantheon Books, 1952)

from: http://fleursdumal.org/poem/113


O Velho e o Mar, de Charles Baudelaire


Homem livre, o oceano é um espelho fulgente
Que tu sempre hás de amar. No seu dorso agitado,
Como em puro cristal, contemplas, retratado,
Ter íntimo sentir, teu coração ardente.

Gostas de te banhar na tua própria imagem.
Das-lhe beijo até, e , às vezes, teus gemidos
Nem sentes, ao escutar os gritos doloridos,
As queixas que ele diz em mística linguagem.

Vós sois, ambos os dois, discretos tenebrosos;
Homem, ninguém sondou teus negros paroxismos,
O' mar, ninguém conhece os teus fundos abismos;
Os segredos guardais, avaros, receosos!

E há séculos mil, séc'ulos inumeráveis,
Que os dois vos combateis n'uma luta selvagem,
De tal modo gostais n'uma luta selvagem,
Eternos lutador's ó irmãos implacáveis!

de: Charles Baudelaire; poema publicado em: As Flores do Mal

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